As categorias de melhor ator e atriz foram apresentadas pelos vencedores do ano passado – Sandra Bullock e Jeff Bridges –, que introduziram os indicados um a um. Bullock, aliás, estava inspirada, com espírito de humorista. No caso de melhor ator, já era clara a vitória de Colin Firth, pelo papel do monarca gago. O astro britânico ameaçou dançar no palco para justificar seus agradecimentos rápidos e poder sair para os bastidores. Lembrou a equipe de "O Discurso do Rei", o produtor Harvey Weinstein, por tê-lo descoberto "há 20 anos", e ainda o estilista Tom Ford, que o dirigiu no ano passado em "Direito de Amar". Firth ainda agradeceu à sua mulher, por aguentar suas "ilusões de realeza".Muito grávida, Natalie Portman superou Annette Bening ("Minhas Mães e Meu Pai"), mas não esqueceu das concorrentes. "Gostaria que meu prêmio fosse trabalhar ao lado dessas colegas", disse. Agradeceu ao cineasta francês Luc Besson, com quem estreou no cinema, aos 11 anos, em "O Profissional", e aos pais, por terem lhe dado a "oportunidade de trabalhar desde muito nova". Além disso, a atriz israelense reconheceu o trabalho "visionário" do diretor Darren Aronofsky em "O Cisne Negro" e de todos os profissionais que a ajudaram a se preparar para o filme de dança, em especial o noivo, o coreógrafo Benjamin Millipied. "Ele está me dando o papel mais importante da minha vida", declarou, se referindo ao futuro filho.
Representado na cerimônia por uma coprodução com a Grã-Bretanha no documentário "Lixo Extraordinário", o Brasil mais uma vez não levou o Oscar. O filme sobre o trabalho do artista plástico Vik Muniz no aterro sanitário do Jardim Gramacho foi derrotado por "Trabalho Interno", que desvenda os bastidores e causas da crise econômica mundial. O diretor Charles Ferguson comentou no microfone que, "passados três anos dessa fraude gigantesca, ninguém foi para a cadeia".
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